Colômbia foi país mais mortal para ambientalistas em 2022, diz ONG
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Por Oliver Griffin
BOGOTÁ (Reuters) - A Colômbia foi o lugar mais perigoso para ambientalistas em 2022, com pelo menos 60 defensores ambientais e de direitos fundiários mortos no país, disse o grupo de defesa britânico Global Witness em relatório nesta terça-feira.
A organização não governamental (ONG) Global Witness descobriu que pelo menos 177 ambientalistas foram mortos em todo o mundo no ano passado. A América Latina foi responsável por 88% dos assassinatos.
“Na Colômbia e em outros lugares, os povos indígenas, as comunidades afrodescendentes, os pequenos agricultores e os ativistas ambientais foram cruelmente visados”, disse Laura Furones, conselheira sênior da Campanha de Defensores da Terra e do Meio Ambiente da Global Witness, durante coletiva virtual de imprensa.
As conclusões do relatório recolocaram a Colômbia no topo da lista dos países mais violentos para os ambientalistas, depois de os assassinatos terem diminuído em 2021 em comparação com os anos de 2019 e 2020.
Desde que assumiu o poder em agosto do ano passado, o governo do presidente Gustavo Petro, de esquerda, prometeu intensificar as iniciativas para deter a violência.
“É realmente uma estatística vergonhosa para o país”, disse a ministra do Meio Ambiente, Susana Muhamad, em uma mensagem de vídeo.
As conclusões são frustrantes para o governo Petro, que aprovou uma lei que ratifica o acordo de Escazu sobre proteção ambiental em outubro do ano passado.
O acordo, adotado na região homônima de Escazu, na Costa Rica, em março de 2018, inclui disposições para proteger os ambientalistas, entre outras. A lei ainda não foi aprovada pelo Tribunal Constitucional da Colômbia.
(Reportagem de Oliver Griffin)
Escrito por Reuters
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